Arquivo de abril, 2011

Festa cristã, comemorada por católicos e alguns segmentos evangélicos. O enfoque em nossa sociedade é mais comercial: não importa no que se crê, a mídia mandou comprar ovo, obedecem-na sem questionar.  Antes de abordar o assunto com os alunos, vale pesquisar:

SÍMBOLOS DA PÁSCOA

“Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. Este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Shabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara”.

A escola é LAICA, portanto não deve desrespeitar ou ignorar as diferentes religiões:

O que a religião que nossos alunos e alunas professam diz sobre a páscoa? Conhecer para respeitar:

Kardecistas:

Nos centros kardecistas não há rituais especiais para celebrar a Páscoa porque os adeptos não acreditam na ressurreição. “Pela ciência, é impossível voltar para o mesmo corpo depois de um processo de decomposição orgânica”, diz Marco Milani, da União das Sociedades Espíritas de São Paulo. Para o Espiritismo, a hipótese mais provável é que os apóstolos tenham visto Jesus por meio da mediunidade (fenômeno de vidência), mas apenas em espírito e com a mesma aparência que o conheceram.

Os espíritas consideram, no entanto, que o fato de não ter havido a ressurreição não tira o mérito da missão de Jesus. “Ele é considerado o espírito de conduta moral mais elevada que habitou o planeta, por isso seguimos seus ensinamentos”, afirma Marco.

”Atingiu um grau de evolução que todos nós conseguiremos um dia por meio das várias encarnações (a volta do mesmo espírito para outro corpo).” Não há necessidade de celebrações especiais porque, acreditam, todos os dias representam novas oportunidades para o aprimoramento moral, o grande objetivo de todo ser humano. “Temos grupos de evangelização para crianças e elas são esclarecidas sobre este assunto”, explica Joana Camilo Dias.

Umbanda

Os umbandistas, segundo a praticante Idê Cecília Bartz, não comemoram a Páscoa. “Inúmeras outras datas do calendário católico, nós também festejamos, mas essa não”.

Judaísmo

A comemoração cristã da Páscoa tem origem na festa hebraica, chamada de Pessach, palavra que significa “passagem”. Diferentemente do cristianismo, o judaísmo não celebra a ressurreição de Cristo, mas a história da libertação dos judeus da escravidão no Egito contada no Antigo Testamento. Apesar da diferença de significado, o nome da festa cristã é semelhante ao da judia porque a Paixão aconteceu na mesma época em que se comemorava a Pessach, mas elas não caem na mesma data.

Islamismo: 

O islamismo também não festeja a Páscoa. O sheik Jihad Hassan Hammadeh, presidente do conselho de ética da União Nacional das Entidades Islâmicas, conta que a cerimônia mais importante do islamismo é o Ramadã, um mês de jejum, em que se celebra a primeira revelação feita por Deus a Maomé.

Budismo

O budismo não comemora a Páscoa. O budismo, no entanto, também tem suas festas e a mais importante é a que comemora o nascimento de Buda. A monja Coen, da comunidade Zen Budista do Pacaembu, explica que esta época de Páscoa geralmente coincide com a celebração do nascimento de Buda, o Hanatmatsuri (Festival das Flores).

Testemunhas de Jeová

Para os testemunhas de Jeová,  não há comemorações especiais. O ancião da igreja “Salão do Reino”, Rony Toda, explicou que eles não costumam comemorar a páscoa devido à sua origem. Segundo ele, a páscoa surgiu da libertação dos judeus do Egito, quando Deus, através das dez pragas, abateu a escravidão. “Conforme as escrituras, esta data deveria ser comemorada até que o verdadeiro cordeiro de Deus estivesse sobre a terra, ou seja, após sua morte a festa não deveria mais acontecer”, disse.

Disponível em: http://www2.uol.com.br/debate/1357/cidade/cidade07.htm  ; http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/905267-o-que-e-a-pascoa-entenda-melhor-esse-feriado.shtml     e  http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa, em 20 de abril de 2011.